domingo, 28 de agosto de 2016

Os āsanas do Haṭha Yoga Pradīpikā

O Haṭha Yoga Pradīpikā é um tratado sobre a prática do antigo Haṭha Yoga, e é considerado o manual mais detalhado que chegou até nós, tendo sido escrito pelo yogi Svātmārāma. O Hatha Yoga surgiu na Índia antiga, mais especificamente no período medieval (s. IX-XII). 
O Haṭha Yoga Pradīpikā possui quatro capítulos compostos de 389 versos, onde encontramos as definições fundamentais sobre as técnicas essenciais para o progresso da prática, dando grande importância as posturas físicas (āsana), exercícios respiratórios (prāṇāyāma) e às purificações (śatkarma). 
Pradīpikā significa luz brilhante, mas também quer dizer explicação, portando, como já falamos, se trata de um texto com explicações sobre os métodos que o Haṭha Yoga utiliza para conduzir o praticante ao estado de iluminação.
Dentre essas técnicas estão descritos exatamente quinze āsanas, a maior parte deles são posições sentadas, e algumas extremamente desafiantes. Não podemos reduzir esta obra a apenas posturas físicas, nem dar demasiada importância a elas esquecendo das outras técnicas e do objetivo principal do Yoga, o autoconhecimento, mas aqui lhe apresento a princípio essas quinze posições.
Posturas Gerais:
 1- Svāstikāsana: postura auspiciosa
 2- Gomukhāsana: postura da cabeça da vaca
 3- Vīrāsana: postura do herói 
 4- Kūrmāsana: postura da tartaruga
 5- Kukkuṭāsana: postura do galo
 6- Uttānakūrmāsana: postura da tartaruga elevada
 7- Dhanurāsana: postura do arco
 8- Matsyendrāsana: postura do yogi Matsyendra
 9- Paśchimottānāsana: postura do alongamento intenso
10 – Mayūrāsana: postura do pavão
11- Śavāsana: postura do cadaver

Posturas de Meditação:
12- Siddhāsana: postura da perfeição
13- Padmāsana: postura do lótus
14- Siṁhāsana: postura do leão
15- Bhadrāsana: postura virtuosa.
Namastê!
Fonte de consulta: Haṭha Yoga Pradīpikā de Svātmārāma yogendra. Tradução de Pedro Kupfer. Imagem: Apostila do Curso livre de Formação em Yoga com Pedro Kupfer

terça-feira, 16 de agosto de 2016

Transformando a Arte através do Yoga


Na postagem de hoje, Pollyana Degan Soares, artista brasileira natural de Limeira, de 31 anos, nos relata sua proximidade com a Yoga e como a filosofia a inspira na criação de sua arte.

Pollyana conta que lá pelos seus 15 anos, experimentou sua primeira aula de yoga, indicada por uma amiga. Começou a praticar e desde então foi algo que fez parte da sua vida, por períodos de práticas constantes, intercalados com práticas sem instrutores devido a mudanças de cidade e adaptações.
Passou por aulas de Hatha, Iyengar, Ashtanga Vinyasa, Kundalini, e por fim procurou um curso em que pudesse entender melhor o que eram essas ‘modalidades’ todas. Participou de um curso de capacitação de professores, mas sem o intuito de dar aulas, somente para aumentar seu conhecimento sobre a filosofia do Yoga. Isso a levou a algo mais profundo com as aulas de Vedanta, corpo de conhecimento o qual explica sobre a natureza do eu, ensinadas lindamente pelo seu professor, Jonas Masetti, há quase dois anos.


 Pollyana é naturóloga e terapeuta ayurvédica e por algum tempo trabalhou com essas atividades em São Paulo e Ribeirão Preto. Levada por um interesse maior em trabalhar com psicoterapia, iniciou seus estudos também em Psicologia. 

Pollyana procura unir a visão abrangente da naturologia à psicologia e vedanta e acredita estar seguindo um caminho muito certo e verdadeiro. A arte veio para complementar todo esse processo. 

No início deste ano, Pollyana participou de um ''Vedanta Camp'', um retiro de autoconhecimento. Nele, por conta de pinturas que realizou em seus colegas por conta da caracterização para filmagem de um curta metragem, a habilidade da pintura que era considerada por ela como apenas um hobby, passou a ser vista como uma viável fonte de renda. Começou então a pintar aquarelas e ilustrar canecas, capas de celulares, chinelos, quadros, e almofadas.


A paixão pela tradição védica, na qual estão inseridos os conhecimentos de yoga e vedanta, assim como sua riqueza de simbologias e seus significados tão repletos de ensinamentos sobre a vida e o mundo, bem como pedidos de clientes e amigos de produtos com este tema, fizeram com que ele se tornasse grande parte de sua inspiração na criação de sua arte. 

Fora a temática em torno do yoga, há muitos outros desenhos os quais os clientes a pedem, de temas diversos, como animais de estimação ou selvagens, culturas, símbolos, profissões, religião, flores e tantos outros. Grande parte de sua inspiração também vem da natureza, de músicas, e  pensamentos que tem e a levam a querer pintá-los. 

Conheci Pollyana por acaso, em suas diversas postagens do Facebook, nas minhas buscas por adereços que tivessem traços Hindus e que lembrassem a Filosofia do Yoga.

Me apaixonei por cada detalhe de sua arte, e tenho certeza que vocês também irão ficar encantados, pois é dona de um talento gigante e que merece ser mostrado e explorado, e como ela mesma diz é algo prazeroso e que a preenche e isso reflete na magnitude e autenticidade de suas criações.

Harih Om!



http://www.pollydegan.com.br/
https://www.facebook.com/polly.degan
https://www.facebook.com/pollydeganart
                                                                                              












sábado, 25 de junho de 2016

21 de Junho – Dia Internacional do Yoga


Dia 21 de Junho de 2015 foi comemorado pela primeira vez o Dia Internacional do Yoga.

Este dia foi criado através da idéia proposta em 11 de dezembro de 2014 pelo Primeiro Ministro da Índia (Narendra Modi) de se celebrar o Primeiro Dia Mundial da Humanidade, onde durante 24 horas não houvesse derramamento de sangue de nenhuma espécie e se praticasse massivamente Yoga ao ar livre como forma de expressar essa solicitação de paz em todo o mundo. A esse dia chamou-se de Dia Internacional do Yoga.

Times Square - New York

O dia escolhido não deveria coincidir com o de nenhum grande acontecimento humano, independente de qual cultura fosse, nem a data de nascimento de uma grande entidade, por mais importante que fosse e deveria ser um Auspício Cósmico e o indicado foi o Solstício de Verão no hemisfério norte, dia 21 de junho, o Dia mais longo do ano, o Dia da Luz.



A proposta de Narendra Modi foi aceita pela ONU (Organização das Nações Unidas) e conseguiu dois feitos históricos:

- Foi a votação mais bem sucedida em toda a história da ONU, sendo aprovada por 175 Nações;

- Foi a primeira resolução aprovada em menos de 90 dias a partir da data de proposição, esta que foi apresentada na assembleia pelo Embaixador da Índia nas Nações Unidas, Ashoke Mukherji em sua primeira participação em uma assembléia da ONU.


Nova Délhi - Índia

Desde então, todo dia 21 de junho, milhões de pessoas ao redor do mundo se unem em grandes locais como Nova Délhi, Nova York e Avenida Paulista para realizar a prática dos Àsanas e Meditação como forma de comemoração.


Namastê!

domingo, 19 de junho de 2016

Os Cinco Corpos da Yoga

Sempre após entoar o mantra de iniciação à prática de Ashtanga nosso instrutor sempre nos pedia para observarmos nossa respiração e nossos cinco corpos.

Ao invés de eu me concentrar na prática eu fiquei dois meses pensando em que cinco corpos seriam esses. A Yoga tem uma visão holística do homem, a qual afirma que a anatomia deste vai muito além da dimensão material do corpo físico.

Na filosofia da yoga o ser humano é composto de 3 corpos:

  • O Corpo Denso ou físico;
  • O Corpo Sutil ou a mente;
  • O Corpo Causal ou o espírito.

Estes diferentes corpos são divididos em cinco camadas as quais recebem o nome de Koshas, e essas camadas são os cinco corpos que o nosso instrutor nos pedia para observarmos.


É essencial para o praticante de yoga que entenda a necessidade da integração e equilíbrio dos cinco Koshas.

O primeiro Kosha ou Annamaya é a camada mais externa que engloba as quatro outras camadas. É a camada física, o corpo material, formado por pele e ossos, nutrido pelo alimento.

O segundo Kosha ou Pranamaya é a camada de energia vital, a força que vitaliza e une o corpo e a mente, a alma e o corpo físico, e sua manifestação se faz através da respiração.

O terceiro Kosha ou Manomaya é a camada da mente, a qual se conecta aos cinco sentidos do ser humano e responde através dos pensamentos.

O quarto Kosha ou Vijjnamaya é a camada intelectual, a sabedoria a qual analisa as experiências da vida e nos fornece direção para agirmos nas várias circunstâncias desta.

O quinto e último Kosha ou Anandamaya é a camada da alma, é a camada mais interna de todas e normalmente se manifesta durante o sono profundo. O Anandamaya Kosha é um reflexo do seu eu verdadeiro e o praticante sábio consegue discriminar este Kosha dos outros e não deixar que estes o alterem.

A prática da yoga nos leva do corpo físico para o centro do nosso ser, alinhando todas as camadas afim de vivermos em harmonia e encontramos nosso verdadeiro eu.

Namastê!